domingo, outubro 03, 2004

Constróis um poema no ar com o teu cabelo todo feito de ondas. Páras-me no tempo e olhas em redor. Estou aqui e não me mexo. Teu. Desenhas nas paredes os primeiros sorrisos da manhã com a leveza breve e doce das tuas palavras. Faz tempo que te não sei. Hoje não durmo. Escrevo. Para ti... para nós. Não quero que nos esqueças, não quero que nos deixes a um canto de nós, a um canto do mar e das ondas. Não nos escondas. Hoje não durmo, escrevo. Lá fora, o ar fresco da noite desce passo a passo, devagar, para se vir encontrar comigo. E é assim que de repente sinto tanto a tua falta. Respiraste. E eu ouvi-te, de olhos fechados ao meu lado. Estás aqui. E onde quer que estejas ou onde quer que vás haverá sempre luz. Hoje encadeaste-me. Num sopro...

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