quarta-feira, setembro 07, 2005

Voar era fácil... essa tua luz fria
inclinava-se nas minhas asas
e voava. Não sobre esta
ou outras paisagens, gastas pelos
quadros. É de outro corpo que falo.

Voava noutros lábios,
outras águas, ocultas em ti,
elípticas descrevendo espirais
nesse cabelo que é mel
e alma tua...

Voava no fundo do tempo, sem lugar
que me chamasse, ou rosto. Voava
pelo Sol da pele, na manhã parada,
ainda azul. Aqui me tens, voando
para ti, branca e nua...

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