sábado, fevereiro 26, 2005

Teoria da relatividade (ou teoria do amanhã)

Não mais do que hoje, por certo. Apenas hoje. Nem um dia mais, um dia menos.
Hoje é a hora, o tempo sobreposto num corpo quente, que me queima as mãos e os lábios por mais que sopre.

Não mais que hoje... mas se é o amanhã que quero de ti...! Este, aquele, o outro, todos os amanhãs em que quiseres acordar para mim.

Hoje não existe se não existires a menos de 500 metros de mim. (risos) Na verdade não te quero assim tão longe. Longe até demais. Tenho ainda tanto para te dizer à distância de um segredo, tens ainda tanto cabelo meu para despentear, temos tanto tempo para não dizermos nada e olhar um para o outro...

Para que te quero tanto hoje que te não tenho, se te posso ter amanhã? E o amanhã quando estás parece tão inesperado, tão eléctrico, tão cheio de palavras, tão hoje. Eu sei, eu sei: para quê pensar? Para pensar serve o amanhã, não hoje, que não estás. Para nós serve o amanhã, só nós, sem tempo, sem hoje nem amanhã, que o tempo serve para nos afastar...

E as noites são tantas ainda...

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