quarta-feira, setembro 08, 2004

(Blag)

Pensei em ti. Hoje. Desenhei-te, pintei-te, escrevi-te, de mim para mim. Esculpi-te numa pedra de mármore branco, mas um mármore quente e doce, bem diferente de todos os outros. Amei-te, e olha que lá no fundo eu nunca amei tanto assim... Pensei em ti. Sonhei-te, esta manhã, mesmo antes de o Sol me puxar do sono, dos teus braços, hoje mais envolventes da tua ternura. Desvendei-te. Fui descobrindo passo a passo as ondas do teu andar, do teu olhar, do teu mar revolto de segredos. Acordei-te. Acordei-te a meio da noite por te querer de volta, por te querer tanto para mim, por querer tudo o que é teu e tudo o que tocas... Sim, eu sei, acordei-te a meio da noite, mas fi-lo por ter medo de te ter tão longe de mim, por não saber onde estás e por onde andas enquanto dormes. Escrevo-te. Absorvo-te e respiro-te... Dou comigo a pensar em ti com todas as minhas forças, a desenhar-te uma ponte que possas atravesar para me vires dar um beijo. Reinvento-te. Sobrevoo-te. Olho para ti como se te olhasse a última vez antes de partires... Acendo-te. És toda a minha luz, és a vela que acendo para te escrever e para te pensar... Viajo-te, incessantemente, descubro-te de olhos fechados, para te conhecer. Dos teus cabelos aos teus olhos, dos teus sorrisos à pele escura dos teus ombros, imagino-te. E depois amo-te.

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